sexta-feira, 25 de março de 2011

Memórias.

 Ah, oi gente *-*
Eu sei que fiquei um tempo sem postar e tudo mais, mas eu voltei. Eu estava aqui com o Fernando no msn, e ele me pediu uma ajuda com um texto.. Ai tudo bem.. Então partir do começo do texto dele, eu criei esse mesmo sem ideia e tudo mais, mas eu tentei, lamento se eu não sirvo pra escrever, mas eu gosto. ><'
O começo dele era assim.. "Senti suas mãos gélidas. Me puxaram pra si, não hesitou. Não pude resistir fui levada consigo com esse homem que me nega me mostrar a face, alto que trajara um belo manto negro me lembrava vagamente de velhos passados com apenas um toque..." Bem, o começo foi assim, foi isso que me inspirou e tudo mais, e deu esse treco ai. Ficou uma bosta, mas eu tentei. (:
Bem, a do Fernando está nos comentários..

Memórias.

 Estava em meu quarto quando senti sobre meus ombros mãos gélidas, me puxaram, não hesitou.  Não pude resistir, e fui levada consigo, um homem alto, vestido com um belo manto preto, me negava em ver seu rosto, mas me lembrava vagamente de um passado, comum, talvez, aonde eu estava com meu pai e minha mãe em frente a fogueira com o povo lá da rua, era um dia feliz, mas depois um homem que estava perto do carro se queimou, não me lembro, também não dei importância. 
 Após isso me voltei a realidade, aonde o homem alto, mostra sua face, desconhecida para mim, não tinha expressão alguma, ele, então, calado pegou na minha mão, e me puxou em direção ao sol, aonde não brilhava em seu rosto, caminhando fui, só dava pra ver o sol e não havia mais nada ali, estávamos andando sem direção, lentamente... 
 Quieto ele estava, e eu sem saber o que fazer ficava fazendo perguntas, ele como se ele não me escutasse, ao menos balançava o rosto. O tempo, parecia passar, mas o sol ali estava, e nada se via... 
 Não havia tempo, nem relógio, estava cansada, então quando olho para baixo, a roupa que eu usava, se transformou em um manto preto igual a do homem que ali me guiava, em paços curtos, e lentos não parávamos de andar, não se via fim, não se via nada, mas como é possível? Me senti como uma formiguinha em uma folha A4, mas, começou a ficar quente, e percebi que o sol parecia estar se aproximando, a claridade e o calor era tanta que não entendia como a mão daquele homem era tão, mas tão fria, olho novamente para o lado do sol, e não consigo, percebo que estou suando, mas, continuo a andar, o homem ao meu lado quieto, sem hesitar. 
 Com segundos, parece que o sol se transforma em fogo, não consigo olhar a nada mas escuto gritos, com os olhos fechados, eu continuo a andar, mas parece que o chão não é mais o mesmo, tento abrir meus olhos, porém não consigo, os gritos começaram a se multiplicar e estava achando ser algo de minha cabeça, estava queimando, apenas a mão direita estava gelada, pensava em me distrair, e pensei então que aquela mão como gelo, poderia então me congelar. Então eu ri, mas ri, ri intensamente, foi quando eu abri os olhos e dei de cara com um ser vermelho, possuía chifres, não sabia bem o que era aquilo, era grande, e antes que eu terminasse de pensar algo sobre ele, ele disse "Porque estás rindo, minha menina?" sua voz grossa, porém gentil, um pouco nervosa respondi "Aonde estou, quem é você, quem é ele?" O ser ali em frente, riu e disse "Não consegue ver a sua volta? Quem sou, não lhe importa, mas está aqui por vingança dele, não se lembra minha filha, naquela noite em frente a fogueira, feliz, seu pai saiu e foi buscar gasolina no posto que tinha ali perto você ficou com sua mãe ao lado da fogueira, ele chegou e mandou você levar para perto do carro, não se lembra? Havia um homem ali sentado aonde você colocou a gasolina, lembra? Você e sua família estava indo embora e você pediu para seu pai deixa-la colocar a gasolina, você deixou, porém derramou um pouco, bem ao lado do homem, nisso uma amiguinha te chamou, você correu ela te deu um pedaço do fogo, você achou incrível, seu pai te chamou, estava na hora de irem embora, e você ao entrar no carro jogou o pedaço de madeira em cima da gasolina do chão, o homem que ali estava não se salvou. Aquele homem, vendia drogas, batia na mulher e fazia várias coisas, aquele homem, é esse que te guiou até aqui, aquele homem é meu servo." 
 Eu, assustada não sabia o que dizer, não sabia o que pensar, a vaga lembrança que aquele mesmo me deu, veio por completa. Então, assustada não sabia o que dizer, pensar, fecho meus olhos, e os abro em seguida, mas me vejo em correntes e aquele que causei tão mal também segura a uma, olho em minha volta, umonte de pessoas acorrentas com alguém a sua frente, batendo naqueles que na correntes estão.. Pois é, sabia que também iria apanhar, estava apavorada, então aquele homem enfim ganhou um expressão, e era de ódio, raiva... 
 A minha frente levanta a corrente e quando iria me bater ele à solta, se abaixa e chora, mas como chora.. Os rios de choro que caiam ao chão no mesmo instante se tornavam vapor, e então uma voz sombria e sem direção dizia  "Não era esse seu desejo? Vamos, levante, faça aquilo que sempre me pediu..." mas o homem ali não se movia, após alguns minutos, creio eu, ele se levantou, veio em minha direção e disse "Eu te perdoou" quando confusa iria dizer algo, o homem já não estava ali, eu já não estava ali, e assim ao perceber, volto ao passado, aonde estava eu e meus pais em frente a fogueira, e meu pai diz que iria ao posto comprar gasolina, mas aí perco minhas memórias...

Um comentário:

  1. Senti suas mãos gélidas em meu ombro. Me puxou pra si, não hesitou. Não pude resistir, fui levada consigo. Com esse homem que nega me mostrar a face. Alto, trajara um belo manto negro e me trazia vagas lembraças de meu passado com apenas um toque. Pude ver o rosto da minha mãe, Bartolonella e de meu pai, Pitolomeu. Estávamos em minha lembraça, sentados ao redor de uma fogueira, rindo e comemorando a queda do Papa Pio XXII. Por um instante pude sentir o calor da fogueira, talvez estivesse eufórica, logo - retornei a realidade ou aquilo que pudera considerar realidade no momento.

    O homem alto finalmente mostrou-me a face. Talvez fosse homem em outra vida, não demonstrava nenhuma expressão facial e andava vagamente rumo ao horizonte. Tentei soltar-me, mas não pude. Quanto mais eu tentava, mas gélido ficava sua mão sobre a minha. Questionei, em vão. O homem me ignorara até então. O Sol me trazia esperança, era a unica coisa que podia ver. E o mesmo, não brilhava no rosto do meu condutor, talvez a morte fosse pouca coisa pior a situação em que me encontrava. Levou-me para um desfiladeiro, pude ouvir choros e lamentações - não faço ideia de onde elas vinham. Caí em choro também. Não fazia ideia do por quê estava chorando. Talvez fosse por ouvir todas aquelas lamentações, pobre almas. Orei por nós, para aquele que prezava pela vossa humanidade até então. Soltou-me. Caí desfiladeiro abaixo, parecia ser uma queda interminável. Lembranças de toda minha vida me vinham a mente. Pude vive-lá novamente enquanto caia. Revivi o momento em que me apunhalei afim de fugir de uma vida cheia de ódio e angústia. Senti uma dor imensurável, muito pior do que quando estava em vida. Foi como se toda a dor que causei enquanto viva, fosse direcionada a mim em um unico golpe. Eram muito os gritos de agonia que eu não ouvia o meu próprio. Não sentia meus próprios membros se é que eu ainda os possuia, apenas caí. Meu corpo queimava e nada mais além disso. Por assim fiquei por um tempo que não sei medir e por assim estou eternamente, queimando no inferno.

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